quinta-feira, novembro 23, 2006

AJKP nos pôdios do regional Cadetes/Juniores















Ricardo Silva Campeão regional Karate


A AJKP Participou no passado dia 11 em mais um campeonato regional de karate na categoria de cadetes e juniores com três atletas, Ricardo Silva cadetes -75 kg, Marcela Gonçalves júnior -60 kg e Márcio Oliveira Júnior + 80 kg.
O saldo foi francamente positivo porque todos os atletas conseguiram o apuramento directo para os nacionais, que era o seu principal objectivo, como ainda conseguiram subir ao pódio por as mesmas três vezes, com especial destaque para o jovem atleta vimaranense Ricardo Silva que pela primeira vez conseguiu sagra-se Campeão Regional de Karate, fruto de muito esforço e dedicação por parte desta jovem promessa do karate.
Já os outros atletas em prova, ambos Campeões nacionais em anos anteriores, Marcela Gonçalves sagrou-se vice campeã regional, depois de ter estado ausente durante quase toda a preparação para o campeonato por motivos de doença, e o Atleta Márcio Oliveira arrecadou o terceiro Lugar, num ano em que mudou a sua categoria de peso, teve algumas dificuldades de adaptação, mas conseguindo de igual forma atingir os objectivos propostos pelo seu treinador Filipe Ferreira.
Todos os atletas Foram acompanhados pelo treinador adjunto Joaquim Silva, que fez um bom trabalho, estando também ele de parabéns.

segunda-feira, novembro 13, 2006

GATO POR LEBRE


Gato por lebre
Sábado Novembro 04th 2006 , 1:01 am
Arquivado como: Opinião


Algo que me perturba profundamente; as novas artes marciais de defesa pessoal ou aulas específicas para o efeito, com instrutores “especializados” em técnicas que versam as mesmas.

Na minha perspectiva, nas ditas técnicas de defesa pessoal - como já vi algumas vezes serem ministradas em cursos para o efeito - o que é ensinado é um conjunto de “truques” que só irão ser bem assimilados por alguém que já possua conhecimentos em artes marciais, isto quando o público alvo destas aulas normalmente são leigos que nunca tiveram quaisquer contactos com actividades de semelhante objectividade.

Julgo que para se dominar minimamente técnicas de defesa pessoal é necessário percorrer todo um processo de “trabalho base”. Tais conhecimentos serão fundamentais para o suporte físico e técnico do sujeito e da sua aprendizagem, bem como o é em todo o trabalho inerente a prática de artes marciais no geral – e no karaté em concreto -, que visam uma constante a superação física e mental, por forma a tornar quaisquer reacção natural num momento de confronto, sem que “bloquear” - como acontece a muita gente.

Todas as Artes Marciais, sem excepção, devem conter trabalho de base. “Não se começa uma casa pelo telhado” mas sim pelos seus alicerces. O nosso desenvolvimento no futuro dependerá muito dessas fundações.

Temo – isto só para não asseverar que estou plenamento certo - que se ande a propagandear e vender “Gato por Lebre” em alguns Ginásios e Centros de Prática. Meus amigos, tal não existe: o elixir da sabedoria e da magnificência momentânea, para que se anuncie tão categoricamente que, com a frequência dessas aulas (algumas em cursos de fins-se-semana) se prepare pessoas para confrontos reais com assaltantes, violadores, sequestradores, etc. Isto, quanto a mim, é eticamente incorrecto e poderá transmitir aos destinatários uma falsa sensação de confiança, que inclusivamente se poderá revelar fatal, custando-lhes assim a própria vida.

Para que um sujeito se encontre minimamente preparado é necessário uma prática contínua de ANOS, até que se possa, através da base adquirida, começar a dominar um tal conjunto de técnicas, raciocinar um leque de soluções, que permita superiorizar-se perante um ou vários agressores. E, até mesmo assim, com plena consciência de que nada estará assegurado e que poderá perder a vida num confronto desses, mercê de um hipotético excesso de confiança.

Filipe Ferreira